segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Bowie - Turn and face the strange

Não é legal começar uma semana, uma segunda-feira cinzenta, mesmo estando de férias, e verificar no smartphone que um de seus ídolos morreu. Não foi nem um pouco legal saber que David Bowie havia morrido de câncer aos 69 anos.

Passei hoje o dia ouvindo Bowie, lendo sobre ele na internet, vendo as resenhas nos telejornais (com um doc ótimo no Canal Bis) e escutando seus discos. Era o mínimo que podia fazer como homenagem a um dos artistas mais instigantes e inovadores da história da música pop.

Comecei a ouvir Bowie, pelo que me lembro, como a maioria dos brasileiros que eram adolescentes no começo do anos 80: através do sucesso "Let's Dance". Logo depois tornei-me ouvinte assíduo da rádio Fluminense FM, e ali descobri as canções de Bowie em sua melhor fase: os anos 70. Creio que foi ali e também no saudoso "Rock Festival", da 98 FM, que ouvi pela primeira vez grandes músicas como "Life on Mars", "Space Oddity", "Ziggy Stardust" e "Young Americans". Eu me perguntava como havia ficado tanto tempo sem ouvir aquela obra tão inovadora e estimulante.

A paixão permaneceu intacta. Aos poucos fui comprando seus discos, assistindo os filmes do qual Bowie participava, aguardando suas novas empreitadas artísticas. Estive na Apoteose para o show que o artista trouxe ao Rio no começo dos anos 90, prejudicado por uma péssima acústica, mas com momentos emocionantes, como a empolgação de todos em "Modern Love".Recentemente, foi muito bom ver dois filmes ótimos que usaram suas músicas na trilha sonora, como "As vantagens de ser invisível"(Heroes) e "Walter Mitty" (Space Oddity).

Só posso dizer que nunca vi ou ouvi um artista da música tão inquieto e eclético que tenha  influenciado tanta gente, até na moda. A lista é imensa e as resenhas já deram conta de tudo. No mais, se algo fica para as novas gerações é a lição de que para ser um verdadeiro artista é preciso ousadia. Ou como cantou ele em "Changes" um de seus clássicos..."mude e encare o estranho"

Segue abaixo uma de suas grandes metamorfoses: quando ele largou a Inglaterra e a fama de artista ligado ao  glam rock para se reinventar nos Estados Unidos como ...cantor de soul. No mais, obrigado, Bowie