quinta-feira, 8 de julho de 2010

Uma atração imperdível antecede "Toy Story 3"

Finalmente consegui assistir a um dos filmes mais esperados do ano: "Toy Story 3". Quem acompanha o blog sabe que este fã de cinema que vos escreve curte bastante o cinema de animação, ainda mais se for na companhia do filho, Arthur, de 5 anos. Apesar da fila de ingressos quilométrica no UCI Kinoplex do Norte Shopping, tudo correu bem! Realmente a Pixar conseguiu fechar a série de filmes com chave de ouro. Mais que as divertidíssimas peripécias envolvendo o caubói Woody, o astronauta Buzz Lightyear e seus impagáveis amigos de brinquedo - agora acrescidos do casal Barbie e um "será que ele é" Ken (ou "metrossexual de plástico", como é chamado por um dos brinquedos), "Toy Story 3" emociona mesmo ao mostrar com rara felicidade momentos de solidão, de amadurecimento e (mais que tudo) a importância do companheirismo e da amizade.

No entanto, quem for ao cinema conferir o filme, deve chegar cedo. Pois o filme em curta-metragem que antecede "Toy Story 3", o adorável "Day & Night", também da Pixar, é simplesmente imperdível. Trata da história de duas nuvenzinhas - uma representando em seu interior o dia e outra representando a noite - que se encontram pela primeira vez, se estranham bastante e no final fazem as pazes.

Dito assim parece um tanto redutor. Mas acredite: vale a pena assistir. O belíssimo curta é um dos melhores já realizados pela Pixar, com momentos de rara felicidade visual ao juntar o encontro a princípio vacilante e depois feliz entre o dia e a noite. A nuvem dia que apresenta a garota de biquíni na praia, as flores num jardim, as crianças brincando no sol, um belo arco-íris; a nuvem noite que a confronta com as estrelas e um luar deslumbrante, os fogos de artifício numa comemoração, um belo castelo iluminado com centenas de lâmpadas. Aos poucos, as nuvens percebem que a beleza está em cada um de forma única.

Uma única frase dita pelo narrador em todo o filme resume este belo conto. Diz mais ou menos assim: "Tudo aquilo que representa o novo é motivo de medo e apreensão." Ora, por que este medo? Se repararmos bem, a frase pode servir a toda a humanidade e em especial à história da arte, onde visionários que ousaram enxergar á frente de seus tempos foram incompreendidos e alguns até mesmo perseguidos. O ser humano é por demais conservador e se apega com facilidade a fórmulas fixas. Bendito aqueles que ontem, hoje e sempre foram corajosos o suficiente para levar o novo ao mundo, fazendo com que a humanidade avance.


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